domingo, 13 de dezembro de 2009

Seção SEXO É FODA: Carlos Zéfiro Era Foda!



Sorte de quem entrou na adolescência entre as décadas de 50 e 80: a nudez não era tão escancarada e, talvez por isso, o desabrochar da sexualidade acontecia de forma bem mais discreta e prazerosa. Afinal não tínhamos TV a cabo, nem centenas de opções penduradas nas bancas de jornais, nem You Tube ou mesmo Google imagens: tínhas imaginação e... Carlos Zéfiro pra dar uma mãozinha (no bom sentido, claro).
Autodidata nos desenhos de talento inquestionável, Carlos Zéfiro era o pseudônimo do funcionário público Alcides Aguiar Caminha, que trabalhou toda a vida no setor de Imigração do Ministério do Trabalho. Casado e pai de 5 filhos, manteve a identidade de quadrinista erótico escondida até pouco antes de falecer, em 1992. Ganhou uma grana por fora, principalmente com os chamados "catecismos" - as revistinhas pornográficas assinadas como Carlos Zéfiro -, mas era também um compositor de mão cheia, chegando a compor quatro sambas para a Escola de Samba Mangueira.
Carlos Zéfiro hoje pertence ao imaginário popular. Quanto ao imaginário dos jovens que compravam os exemplares de seus "catecismos" escondidos dentro de um jornal qualquer - bem, esse já se converteu em sacanagens reais há muito tempo. Sorte de quem pôde, naquela época, apreciar obras como "Helen", "Kátia", "Parafuso & Mulher Biônica", "Hotel Dos Prazeres", as séries "Eu Fui Hippie" ou "Domada Pelo Sexo": não tínhamos as facilidades e comodidades de hoje, mas vivíamos experiências que ficaram na memória, pois tínhamos bem mais com o que imaginar...

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