quarta-feira, 17 de março de 2010

Agora, Falando Sério: Educação De Qualidade Não Se Faz Em Gabinete.


É muito comum ouvir reclamações de professores quanto à qualidade moral e formação ética de seus alunos. É comum também que eles se queixem da ausência da família na formação de crianças e adolescentes, da péssima influência de novelas e outros programas de TV e da pobreza ou miséria que tanto atrapalham a formação físico-intelectual do ser humano.
Todas estas queixas de fato possuem procedência e professores e alunos, verdadeiros sujeitos dentro do processo de ensino-aprendizagem, são aqueles que conhecem com toda a propriedade a realidade da Educação pública no Brasil, podendo portanto realizar críticas com extenso conhecimento de causa.
Mas existem vilões piores, bem mais nocivos à Educação, que costumam tratá-la com um misto de indiferença e arrogância. Tais criaturas podem ser divididas em dois grupos, a saber:
1º: Os pedagogos de gabinete.
Autores de “teses educacionais revolucionárias” que normalmente só revolucionam o saldo de suas contas bancárias, correspondem ao tipo de pedagogo que nunca pôs os pés numa sala de aula para lecionar, não conhece na pele a realidade das péssimas estruturas físicas e éticas da maioria das escolas públicas no Brasil e mesmo assim se julgam senhores da solução, embasados em seus diplomas de mestrado e doutorado obtidos à custa de teses impossíveis. E aí querem dizer a outros o que estes devem saber, querem mostrar-lhes o verdadeiro jeito de ensinar. Seria algo trágico se não fosse patético!
2º Os políticos.
De longe, os que mais ameaçam a Educação no Brasil e, por conseqüência, o futuro do país. Fazendo de professores, alunos e comunidades, marionetes em seus joguetes políticos-eleitoreiros, não buscam soluções reais, mas sim paliativos infinitesimais. Não querem o doente em bom estado, porem o querem sempre doente, acreditando numa cura real que os políticos nunca terão cérebro ou interesse moral em fornecer. Se a Educação pública no Brasil está doente, então não partirá deles a cura.
Então, de quem depende a verdadeira Educação de qualidade e efetivamente transformadora da qual tanto depende o futuro deste país?
É preciso que a sociedade pare de ignorar a lista de chamada.

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