quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Seção Ácaro: Auto-Rádio Motorola


No final da década de 1960, o Ford Corcel era uma grande e bem-vinda novidade. Diferente dos grandalhões sugadores de gasolina como o Aero Willys e Simca Chambord, o Ford Corcel era um três volumes de dimensões bem mais singelas – mas sem as limitações de espaço dos apertados Gordini e VW Fusca. A parte mecânica não era complexa e o sedan mostrava-se um carro valente, principalmente após superar alguns problemas que apareceram em alguns dos exemplares produzidos, levando a Ford a realizar o primeiro Recall de um automóvel no Brasil.
No final da década de 1960, ter no painel de seu carro uma entrada USB com conexão para mp3, mp4, DVD ou Blu-Ray não era coisa nem de ficção científica: o que havia de melhor naquela época era o bom e velho rádio! Assim você poderia dirigir acompanhado pelos programas da Rádio Nacional, da Super Rádio Tupi e de tantas outras emissoras que tinham uma presença bem mais constante no cotidiano dos motoristas, hoje servidos por um número muito maior de opções e tecnologias. E de nada serviria buscar pelas estações em FM: demoraria um pouco mais até que transmissões desse tipo decolassem no Brasil.
No final da década de 1960, o anúncio do Auto Rádio Motorola circulou pelos principais jornais do Rio de Janeiro, enfatizando seu uso no então recém-lançado Ford Corcel. “Se você comprou seu Ford Corcel com rádio, ótimo: é um Motorola. Mas se você comprou um Ford Corcel sem rádio, siga o exemplo da Ford e coloque um Motorola”, dizia o anúncio. Vendido na loja Copa-Car (que, por sinal, ainda existe), o Auto Rádio Motorola era produzido no Brasil pela Madel Manufatura De Produtos Eletrônicos S.A. sob licença e de acordo com as especificações técnicas do fabricante norte-americano. Figura agora na Seção Ácaro, para deleite dos apaixonados por automóveis antigos e seus acessórios.

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