domingo, 5 de fevereiro de 2012

Agora, Falando Sério: Com Uma Base Aliada Destas, Quem Precisa De Inimigos?



Diferente
de Nelson Jobim, o indefeso ex-ministro da defesa, posso dizer que
não votei na presidente Dilma Rousseff. Também não votei em José
Serra, não porquê este pareça um ex-exilado da Transilvânia, mas
sim porque não esqueci os oito anos de gestão entreguista e
truculenta do PSDB. Não votei em Dilma Rousseff não porque duvide
de suas qualidades pessoais ou sua competência enquanto servidora
deste país, pois tais características lhe são notórias. Não
votei em Dilma Rousseff porque não suporto o PT e menos ainda a
“quadrilha partidária” com o qual o outrora “Partido dos
Trabalhadores” se aliou. Trata-se das mesmas “figurinhas
repetidas” que vêm pilhando despudoradamente os recursos públicos
obtidos à custa do suor e do trabalho de toda uma nação –
situação que se intensificou a partir do fim do Regime Militar.
Noutras circunstâncias, tal fato não soaria estranho:
chatinagens envolvendo ladrões associados à siglas como PMDB, PR ou
PTB perderam a capacidade de chocar a opinião pública, num perigoso
jogo de banalidade. Todavia, tal condição se faz intolerável
quando diz respeito ao PT, partido que, não faz muito tempo,
arrotava ética e que demonstrava ser contrário a negociatas e
demais esquemas trambiqueiros durante seu longo período de
abstinência do poder central, no qual teve de se contentar com o
papel de oposição. O cenário atual de disputas escroques
atingiu os patamares da náusea e do asco. Enquanto o Governo Federal
impõe duras restrições à população no intuito de conter a
inflação e proteger o país de uma feroz crise econômica
internacional, mais uma vez vemos os parasitas do Congresso Nacional
pressionando a presidência, visando apenas suas cobiçadas verbas
teoricamente destinadas a projetos provincianos e eleitoreiros –
sem esquecer, é claro, dos percentuais destinados às maracutaias de
sempre. Novamente estes calhordas se mostram indignados diante da
contenção dos esperados recursos que, ansiosamente, esperam por
saquear. E outra vez, vemos estes “experts da legislação em causa
própria” realizando manobras sujas que prejudicam a
governabilidade, feito crianças mimadas e birrentas que bem mereciam
– mas não recebem – boas palmadas. Dilma Rousseff tenta
fazer a faxina que o Brasil tanto precisa, livrando-se do refugo
deixado pelos anos de corrupção generalizada que marcaram a
administração federal. A chamada “base aliada” vem colocando em
prática suas táticas nefastas, num jogo danoso à presidente Dilma
Rousseff, cujas boas intenções se chocam com a sanha insaciável de
determinados políticos do PT e de sua quadrilha de partidos
cupinchas. Nem de longe gostaria de estar no lugar da presidente: com
uma “base aliada” destas, quem precisa de inimigos? Afinal, os
inimigos estão na própria casa, junto às escórias debaixo do
tapete, prontos para puxar-lhe os pés – por isso e muito mais,
varrê-los do cenário político nacional constitui-se a limpeza
necessária capaz de garantir um futuro melhor para o país.
(Publicado
em 27/08/2011)

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